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Não podemos ter retrocesso na educação “de forma alguma”, diz especialista à CNN

Priscila Cruz, do Todos Pela Educação, alerta para estagnação e destaca necessidade de melhorar implementação de políticas e formação de professores

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O Brasil voltou ao nível de aprendizado pré-pandêmico de 2019, conforme revelado pelos resultados do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb).

Priscila Cruz, presidente-executiva do Todos Pela Educação, em entrevista ao CNN Prime Time, expressou preocupação com esses dados, destacando a estagnação educacional em um mundo cada vez mais complexo.

Segundo Cruz, apenas o início do ensino fundamental alcançou a meta estabelecida, com um avanço considerado tímido pela especialista.

“Que pena que a gente avançou tão pouco, apesar de tantas políticas relativas à melhoria da alfabetização, à expansão da educação integral”, lamentou.

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Avanços e retrocessos regionais

Apesar do cenário geral preocupante, alguns estados apresentaram melhorias significativas. Cruz citou avanços importantes no Pará, em Goiás, no Amapá e em Alagoas.

“A gente tem aqui alguns bons exemplos que precisariam ser os faróis da educação brasileira”, afirmou.

Por outro lado, estados populosos como São Paulo e Rio de Janeiro registraram quedas importantes.

A especialista enfatizou a necessidade de analisar além das médias nacionais, celebrando os avanços e aprendendo com eles, enquanto se acende um alerta para os retrocessos.

Desafios na implementação de políticas

Cruz destacou que o principal desafio não está na formulação de políticas educacionais, mas sim na sua implementação efetiva.

“O que a gente precisa é melhorar muito a implementação dessas políticas”, explicou, ressaltando a importância de transformar decisões em práticas que resultem em melhor aprendizagem para os alunos.

A formação de professores foi apontada como ponto crucial para a melhoria da educação no país.

“Não tem jeito, não tem mágica. Aquilo que realmente pode fazer com que a gente amplie os limites dos resultados educacionais do Brasil, é a atuação dos professores”, enfatizou Cruz.

A especialista concluiu afirmando que é necessário fazer da formação de professores “a grande obsessão” das gestões federal, estaduais e municipais, melhorando tanto a formação inicial quanto a continuada, para garantir um trabalho de excelência nas salas de aula.

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