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20 de Novembro, Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra

O Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra foi instituído oficialmente em 2011, pela presidente Dilma Rousseff (PT)e até o fim de 2023, seis estados já consideravam a data como feriado estadual: Alagoas, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, São Paulo e Rio de Janeiro, bem como aproximadamente 1.200 cidades brasileiras também decretaram feriado em comemoração ao Dia da Consciência Negra.

A data passou a ser considerada como feriado em todo Brasil em 21 de dezembro do ano passado, quando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sancionou a lei que declara o Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra como feriado nacional.

O reconhecimento oficial por parte do governo brasileiro é fruto da resistência do Movimento Negro que há séculos luta para que todas as barbáries cometidas no passado, bem como suas consequências, que infelizmente ainda ecoam em nossa sociedade via racismo estrutural sejam definitivamente erradicadas do cotidiano e que o respeito e convívio com as diferenças sejam a regra, uma vez que somos plurais e as etnias foram fundamentais para a composição do que somos hoje enquanto povo brasileiro, esta mistura multicultural, étnica e sincrética que habita e abrilhanta esta imensa Nação. 

Na área da Educação, desde 2003, as escolas passaram a ser obrigadas a incluir o ensino de história e cultura afro-brasileira no currículo.

“A luta do Movimento Negro resultou na formulação de políticas públicas voltadas para promoção da igualdade racial. Entre tais políticas públicas, sobretudo no campo educacional, temos a lei n. 10.639/2003 e a lei n. 11.645/2008, que tratam da obrigatoriedade do ensino da história e cultura africana, afro-brasileira e indígena nos sistemas de ensino de educação básica, públicos e privados55. No processo de afirmação identitária, a revalorização das culturas africanas constitui-se em pilar para a identidade negra, pois pode servir para desconstruir representações que alienam a pessoa negra de seu próprio corpo e suas raízes étnico-raciais.” (Viviane Barboza Fernandes, Universidade de São Paulo (USP, São Paulo, SP, Brasil) e Maria Cecilia Cortez Christiano de Souza, Universidade de São Paulo (USP, São Paulo, SP, Brasil). Identidade Negra entre exclusão e liberdade

Guardar com respeito e aproveitar para conhecer a história dos povos afrodescendentes no Brasil e, por que não no mundo, é uma excelente ideia, uma vez que o respeito entre os “diferentes” longe está de ser a regra. Embora haja avanços a divida social e política continua sendo histórica com aqueles que construíram e produziram riquezas para a Nação brasileira e é preciso reconhecer que seus descendentes continuam a sofrer discriminação, com muitos vivendo a margem, oprimidos por uma condição que lhes foi por séculos imposta e que continua colocando o negro como alvo nas periferias de todo Brasil.

“Valeu Zumbi…”

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