Negociação Coletiva – Sindicato patronal se recusa a valorizar os professores
No último dia 14, terça-feira, ocorreu a segunda rodada de negociação com o Sinepe (sindicato patronal). O presidente do Sinpro Florianopolis, professor Antônio e o Professor Alexandre, participaram da reunião e relataram a intransigência, o desrespeito pelos trabalhadores em educação e as manobras adotadas pelo Sinepe.
Intransigência manifestada pelo presidente do Sinepe, Marcelo Batista de Sousa, que foi categórico ao afirmar por diversas vezes: “Não existe obrigação de reajuste algum. O reajuste não é obrigatório, é um hábito e até um direito”. Afirmou ainda que não irá convocar nova Assembleia das instituições de educação para apreciação das propostas dos sindicatos. Também foi categórico em afirmar que não concederá aceite para os Sindicatos entrarem na justiça via dispositivo Dissídio Coletivo. E, em tom severo, alertou os sindicatos que tal via resultaria na perda da ultratividade das demais cláusulas sociais constantes na Convenção Coletiva de Trabalho – CCT.
Desrespeito pelos trabalhadores em educação manifestado em afirmações como “Negociação não é um fórum de Recursos Humanos, cada instituição tem suas próprias políticas”; e “Professores não satisfeitos podem procurar outras opções. A instituição não tem opção”.
Negociação salarial não é pregão de bolsa de valores em que se discutem números. Estamos acordando condições objetivas de existência para os trabalhadores e suas famílias, condições de vida, de saúde e bem-estar. Não somos meros recursos, somos seres humanos com necessidades biológicas, sociais e culturais. Trabalhamos para prestar serviços educacionais de qualidade, para produzir lucro para os proprietários e acionistas das instituições privadas e para produzir excedentes para instituições supostamente comunitárias que destinam os recursos financeiros gerados por nós trabalhadores sem nos consultarem e em detrimento de nossas condições de trabalho e saúde.
O sindicato patronal se mostra inflexível e insiste a inclusão de válvula de escape par anão pagar o reajuste se ajustado. O Sinpro Florianópolis vai continuar insistindo em ganho real e seguirá na luta por melhores condições de trabalho e qualidade da educação em parceria com os outros 11 sindicatos de professores de SC e com a nossa federação, a Feteesc.
A próxima rodada de negociação está agendada para próxima quarta-feira, dia 23 de março.